O PROFETA
Ei, moça! Há
dias tenho a sensação do teu corpo nu desabado no chão, braços abertos,
crucificada lânguida. Tua boca semiaberta gemendo impropérios e abominações,
enquanto eu, verdugo insensível, chicoteio, impiedoso, cada nesga alva da tua
bunda. Mas, quando abro os olhos, suor escorrendo, corpo teso, olho ao redor e
há apenas o pequeno tapete intocado no piso, os sapatos guardado em um canto.
Nada do teu corpo em lascivos pedidos silenciadores.
E aí moça, o que
acha? Premonição? Sexto sentido?
Nenhum comentário:
Postar um comentário