ANO NOVO
Estamos a 50
dias do inicio do 16º ano do século XXI, "la maula" como o tempo voa!
Todos ficam
repetindo que os dias atualmente passam com mais rapidez, que antes não era
assim, que não temos mais tempo para nada. Verdade ou não, o tempo passa e
nessa marcha inexorável, vamos juntos.
Lodo teremos o
réveillon oriundo do verbo réveiller ou seja: ação de nascer, despertar, fazer
novo, ou simplesmente começar um novo calendário.
Aqui no campo
esse período começa em Setembro, tempo de mexer na terra, plantar, acasalar,
ver nascer, florescer, germinar e viver!
Nessa data
campestre não usamos roupas com cores especiais, não estouramos espumantes, não
soltamos fogos de artificio, nos vestimos da roupa alegre do trabalho de quem
sabe produzir, nossos fogos são o suspiro de satisfação ao ver o trabalho
concluído, nosso espumante é a água pura matando a sede de mais um dia
laborioso.
Daqui até
Janeiro as luas trocarão de forma 4 ou 5 vezes, os céus estarão cada vez mais
límpidos e estrelados ( se parar de chover ), as noites serão agradabilíssimas
cheias de bons sonhos. Enquanto escrevo observo alguma estrela cadente e um
satélite que passa todos os dias por aqui "camperiando" a imensidão
do universo. Fico imaginando as imagens por ele captadas, os sons lá do quase
infinito e quem sabe algum ET me espiando "lá de riba"!
Enquanto minha
cabeça viaja, vou tranqueando no horizonte entre o verde ondulado e o
firmamento infinito, às vezes parece que saio de um plano para outro, como se
voasse no tempo que vivo, o irreal fica real e a aventura anda de mãos dadas
com a realidade.
Sempre acho que
andar pelo campo e escrever tem uma semelhança muito grande, pois entre o que
se olha o que sentimos e imaginamos a diferença é, no meu entender, muito
pequena.
Há uma linha
muito tênue que separa a percepção, a imaginação, a inspiração e a realidade.
Um Feliz Ano
Novo a todos os que ousam sonhar e alegrar-se com o milagre da vida!
Estância
Coqueiro, lua minguante de novembro de 2015
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