segunda-feira, 9 de novembro de 2015

ANO NOVO - Crônica de José Antônio Marques Fagundes - Tunico Fagundes - (Uruguaiana, RS)

ANO NOVO

Estamos a 50 dias do inicio do 16º ano do século XXI, "la maula" como o tempo voa!

Todos ficam repetindo que os dias atualmente passam com mais rapidez, que antes não era assim, que não temos mais tempo para nada. Verdade ou não, o tempo passa e nessa marcha inexorável, vamos juntos.

Lodo teremos o réveillon oriundo do verbo réveiller ou seja: ação de nascer, despertar, fazer novo, ou simplesmente começar um novo calendário.

Aqui no campo esse período começa em Setembro, tempo de mexer na terra, plantar, acasalar, ver nascer, florescer, germinar e viver!
Nessa data campestre não usamos roupas com cores especiais, não estouramos espumantes, não soltamos fogos de artificio, nos vestimos da roupa alegre do trabalho de quem sabe produzir, nossos fogos são o suspiro de satisfação ao ver o trabalho concluído, nosso espumante é a água pura matando a sede de mais um dia laborioso.

Daqui até Janeiro as luas trocarão de forma 4 ou 5 vezes, os céus estarão cada vez mais límpidos e estrelados ( se parar de chover ), as noites serão agradabilíssimas cheias de bons sonhos. Enquanto escrevo observo alguma estrela cadente e um satélite que passa todos os dias por aqui "camperiando" a imensidão do universo. Fico imaginando as imagens por ele captadas, os sons lá do quase infinito e quem sabe algum ET me espiando "lá de riba"!

Enquanto minha cabeça viaja, vou tranqueando no horizonte entre o verde ondulado e o firmamento infinito, às vezes parece que saio de um plano para outro, como se voasse no tempo que vivo, o irreal fica real e a aventura anda de mãos dadas com a realidade.

Sempre acho que andar pelo campo e escrever tem uma semelhança muito grande, pois entre o que se olha o que sentimos e imaginamos a diferença é, no meu entender, muito pequena.
Há uma linha muito tênue que separa a percepção, a imaginação, a inspiração e a realidade.

Um Feliz Ano Novo a todos os que ousam sonhar e alegrar-se com o milagre da vida! 


Estância Coqueiro, lua minguante de novembro de 2015

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