terça-feira, 8 de dezembro de 2015

VIVÊNCIAS - Crônica de Marcelo Meira (Rio de Janeiro, RJ)

VIVÊNCIAS


O que mais assusta certas pessoas em termos de diálogo é aquilo que se chama de um mergulho interior. Muitos não se consideram fortes o bastante e cada qual tem suas razões certeiras ou não para deixar de assumir diante de alguns, ou mesmo publicamente, aquilo que de uma forma natural deveria emergir de uma própria maneira de ser. É o temor consubstanciado até mesmo na vergonha que se submete ao império da crítica alheia. É como exemplo o receio da confissão de ter sido agente passivo de um desamor ou do consentir em ter errado, esquecendo-se que isso não significa submissão inalterável a qualquer desses fatos. É não compreender que se agindo desta forma apenas será obtida uma profunda solidão perante a vida, que se transmuda e evolui através o diálogo salutar e verdadeiro quanto às situações que são assumidas e discutidas com os argumentos que emergem de nossa alma. E essa finalidade visa que possamos aceitar novas posições ou conclamar nosso sentido de vivência.

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