DÚVIDA
Sai a bola da
cozinha num zás e o garoto atrás dela, cabelos grudados na testa suada.
Estanca; no pátio, tomando chuva fina, o filhote de pardal agoniza. De seu bico
mudo saem débeis tentativas de ainda viver. O menino avista, em um dos galhos
da pitangueira vizinha, um ninho prestes a desabar. Olha para os dois lados e
para o pardal. Ergue o pé. Hesita e neste instante sua mãe o chama para
lanchar. Hoje tem biscoito doce e café com leite.
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