Primeiro,
o arrebatamento de ambos. Um pelo outro. Depois, a vigília da lascívia. O sexo
mostrando que, intenso, não tem limites. Nas noites, juntos, as manhãs entravam
na casa luminosas, mesmo nos dias de chuva. O primeiro café bom como café algum
jamais fora. Os longos diálogos, os passeios para serem lembrados, a intimidade
de declarações que beiravam a embriaguez.
Mas
eram dois seres; logo, diferentes. Um dia, um grito dela:
–
Não faz isso!
Ele,
o coração encolhido – jogara-se na cama que gemeu pouco mais que um sussurro.
Ele gostava.
Jogava-se
eventualmente, distraído.
Em
um mês, quatro gritos. Quatro vezes o coração do rapaz inchando e encolhendo.
Ele
terminou antes que ela pusesse um basta.
Dois
meses mais tarde, enxergou-a com outro, de mãos dadas, apenas os braços soltos
na alegria do afeto, o jeito que ele lembrava.
E
era como se ela jamais o tivesse amado.
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