MAGIA
Meu
amigo me apresentou, sem saber que ela é a pessoa que melhor me conhece.
“Venham dançar também”, disse ele, já se dirigindo com a namorada para a pista
de dança. Mudos, embaraçados, tomamos como ordem o convite. E dançamos,
dançamos não sei quantas músicas seguidas, dançamos cada vez mais relaxados,
cada vez mais encantados, magiados pelo som da orquestra e um pelo outro, a
ponto de sublimarmos, num beijo ardente e interminável, toda culpa de sermos
uma psicanalista e seu paciente.
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