NOME
PRÓPRIO
–
Oi Clara! – Errou ele ao chamar mas mesmo assim ela se virou por que aquela voz
afável tinha nela o mesmo efeito que as entonações hipnóticas da flauta Mágica
de Hamelin tinham sobre os ratos, – perdão – ela disse ao somente depois de lhe
beijar a boca reparar que este havia confundido seu nome com outro tão
diferente, ela era Luana pois quando nasceu sua mãe ainda indecisa de como lhe
chamar observou no seu rosto em volta do sorriso vermelho de gengiva um brilho
igual ao do sol da manhã e ela que havia estudado diversas opções de nomes
chamou a filha de Luana – porque ela tem no rosto acessa um pouco da luz do
sol, Luana é filha da luz! – e a moça lembrava de já ter comentado essa
história com ele então indagou – Você estava chamando por mim?
–
E existe outra pessoa por aqui? – ele respondeu olhando para o redor como se
procurasse por mais alguém naquele corredor vazio onde além deles existiam
apenas um banco de praça e uma mesa de madeira esquecida em um canto.
–
Mas não há nenhuma Clara por aqui! – Luana completou pondo a mão sobre o
pescoço do jovem fazendo-o sentir a pressão, foi que este percebeu o
irreparável engano mas não demonstrou susto tampouco deu passos para traz ele
pelo contrário olhou-a nos olhos, sentiu aquele olhar desafiante deu um sorriso
e se explicou – Por que você tem pra mim um jeito de Clara, em seus gestos é
sempre muito Clara, Luana, em sua fala você fala com uma Clareza tua
eloquência. Me deixa impressionado esse seu jeito objetivo de ser que te chamei
por um adjetivo “Clara”! – E ela ficou tão admirada por ele ter reparado em um
aspecto tão singular da sua personalidade que afrouxou a mão em seu pescoço e
lhe entregou um beijo. Sorte a dele ela não saber que sua ex-namorada se
chamava Ana Clara.
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